Teimei em Fechar a janela , a porta , tudo aquilo que me ligava ao Mundo . Dizia ter perdido tudo. Fechei as portas ao amor, á atracção, aos sonhos e á ilusão . Gritei com o desespero na voz e a dor no coração, fingindo acreditar que tudo um dia mudaria. Ouvia atenciosamente cada palavra tua, aceitando mais um pedido de desculpas que julgava ser sincero. Mas cada vez mais me mostravam que me enganava a teu respeito . Fechei-me, fechei-me num mundo só meu onde nem o sol conseguia entrar. A escuridão acompanhava cada grito de sufoco que eu dava a cada badalada suada á meia noite. Sentia que me transformava quando todos dormiam, chorava, gritava , sentia-me sufocada com a minha própria fraqueza. Cada passo era arrastado com o peso que a dor tinha na minha alma. Adormecia na escuridão, acordava na mesma, como se nada muda-se, não sabia que horas eram, para mim era tudo igual . Fingia sair feliz de casa e na escola colocava a máscara de quem tudo tinha para ser Feliz . Mas eu queria mais, a ganancia corria-me nas veias e o sangue saía pelas feridas que causas-te no meu peito . Enquanto a lua estava no céu eu estava com a lua nas mãos, e quando ela se encontrava no topo eu transformava-me todas as noites mesmo sem a ver era algo inevitável . O sangue que escorria com a forma de lágrima pelo meu rosto atordoando a minha visão e pesando nos meus ombros era algo incrivel, fenomenal, que ninguém achava possivel de existir . Um Dia acordo com um luz intensa a bater-me no rosto. O Sol entrava pela cortina que estava gasta de tanto ser puxada . Tentei tapá-la de imediato mas quando olhei e vi crianças brincando e sorrindo como eu não conseguia fazer á tempos, sentei-me no parapeito da janela . Apreciei cada sorriso cada gesto carinhoso que faziam entre eles. Tinha medo de abrir a janela, medo que o vento me atira-se ao chão de novo, que a chuva me fize-se chorar para que as minhas lágrimas se confundissem com ela, Medo que o sol me cega-se de vez e que continua-se ingénua e sozinha. Mas .. Será que alguma vez estive mesmo sozinha? Ou o meu coraçao precisava de tempo para ele ? Corri e lavei o rosto, vesti-me de cores alegres e abri a janela, o vento soprava suavemente sobre o meu rosto dando movimento aos meus cabelos que me faziam sentir mais leve. Caiu uma lágrima, pura, uma simples gota de água. O sangue limitava-se a percorrer unicamente as veias a que estava destinado. E o meu pensamento conseguia finalmente fixar-se num só objectivo . Libertei as memórias que viviam atormentando os meus dias e deixei que elas voassem que também fossem livres. Abri a janela do meu Mundo, Abri as portas ao Amor, libertei-me so meu sono profundo, Libertei de mim a Dor. O Sorriso soltou-se, o olhar brilha mais intensamente, eu sorrio porque sou feliz e porque tenho tudo o que sempre quis. Antes de pensar que não tenho ninguém, agora penso que me tenho a mim.
Muito lindo! O final do seu texto me fez lembrar de uma frase... "Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar", do Charles Bukowski.
ResponderExcluirAmei seu blog, estou seguindo. Bjss :*
Flor, amei seu blog!!
ResponderExcluirEstou seguindo!!
Beijos!